4 de abril de 2012

A Lei Seca na porta dos botecos


O STF (Supremo Tribunal Federal) enfraqueceu a Lei Seca, usando a vertente da Constituição “de que ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo”, os Ministros praticamente jogaram no lixo toda a luta de “se for dirigir não beba”, ao afirmar que o motorista com sinais de embriaguez só fará o teste do bafômetro ou de sangue se quiser, a Lei Seca passou a não valer nada.

Bem, a discussão em torno das mudanças ao volante poderia caminhar para outro lado, já que a Lei Seca agora foi parar na porta dos botecos, não adianta mais debater esse tema que foi desgastado ao máximo. Poderíamos dialogar daqui pra frente sobre a educação no trânsito que é muito mais pertinente para o momento.

Não tem educação aquele que bebe e vai dirigir, se causasse como vítima das estradas apenas ele mesmo, já seria um grande avanço social, mas infelizmente, na maioria dos casos, o bêbado ao volante leva inocentes que nada tem haver com seus problemas e causa gastos desnecessários de transporte de feridos e saúde. É um transtorno que consome milhões anualmente.

A Lei Seca poderia mudar de nome e passar a se chamar “Lei da Educação ou do Respeito, peculiaridades que estão quase que em extinção no país do “Ai se eu te pego” e ídolos cada vez mais pobres culturalmente. Poderia os Ministros da Suprema Corte passar a debater o que é verdadeiramente importante e deixar de cumprir a risca os princípios constitucionais.

Nosso STF já acabou com a lei do “Ficha Limpa”, da “Maria da Penha” e agora passou pelo seu crivo a lei dos bêbados matadores, seria muito bom se fosse verdade, mas há uma incoerência nisso tudo, apenas cerca de 30% dos acidentes ocorridos nas estradas brasileiras são motivados por embriaguez ao volante. A grande maioria se faz por imprudência, excesso de velocidade e confiança exagerada na capacidade de dirigir.

Se analisarmos pelo lado da quantidade de acidentes graves cometidos por beberrões entre o volante e a estrada ai veremos que a Lei Seca já nasceu morta. Isso porque o que falta mesmo nas nossas vias públicas de tráfego são educação, respeito e compromisso com a vida do semelhante.

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