4 de maio de 2012

Em três meses, Brasil teve 106 homossexuais assassinados


Vinícius Júnior – Grupo UN/São Paulo 

O número de agressões contra os homossexuais vem crescendo gradualmente nos últimos 6 anos. Em 2011 foram 266 gays, lésbicas ou travestis vítimas de homicídios, 85% deles por puro preconceito, esses dados são do GGB (Grupo Gay da Bahia) e foram reforçados por levantamento feito pelo Grupo UN, que mostra que as agressões contra os homossexuais tiveram um salto de mais de 60% entre 2010 e os primeiros meses deste ano, quando foram registradas 106 mortes violentas. 

Os casos de homicídios registrados em janeiro, fevereiro e março deste ano, infelizmente pode fazer de 2012 o ano mais violento para os homossexuais e bater o recorde de assassinatos na classe. O estado de São Paulo é o terceiro no ranking de mortes de gays, lésbicas e travestis. Presidente Prudente, no interior paulista, há 10 anos não registra caso de homicídios contra os homossexuais, mas em média, uma agressão é registrada por dia na cidade. 

Em Bauru, também em São Paulo, uma travesti foi morta com cinco tiros em janeiro, esse foi o primeiro homicídio deste tipo na cidade. Bauru também vem registrando um aumento considerável em agressões e homicídios contra os homossexuais, em especial os travestis, que são maioria absoluta no número de vítimas em todo o Brasil. 

A Bahia foi o Estado campeão de mortes violentas de gays, lésbicas e travestis, registrando 28 casos; seguido de Pernambuco com 25 homicídios. O Nordeste é a região com maior número de mortes, chegando a 40% do total. Mesmo com todo o manifesto na mídia por igualdade, os crimes de preconceito vem crescendo a cada ano, tornando o Brasil um dos recordistas deste tipo de crime na América Latina. (Colaborou: Kaio Diniz e Willian Ferraz) 

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