Tiago Costa – Grupo UN/Brasília
O
produtor de reportagens do Grupo UN/Brasília marcou por telefone um programa
com uma prostituta da cidade de Novo Gama, região do Entorno do Distrito
Federal. O encontro seria feito em troca de duas pedras de crack, mas o
jornalista não foi no dia marcado para o programa.
O
tráfico de drogas tem crescido a níveis considerais em Brasília e no Distrito
Federal, com essa atividade criminosa cresce também a prostituição em troca de
entorpecentes e a violência urbana, tornando a região uma das mais violentas do
Brasil. Em matéria publicada pelo Grupo UN, em dezembro de 2011, a realidade da
prostituição vinculada ao tráfico já tinha sido abordada, mostrando que no
Centro-Oeste o índice era de 59% de prostitutas que faziam programas a troco de
drogas.
Outros
encontros também foram marcados em Goiânia (GO) e em outras cidades do Entorno
de Brasília, todos por telefone, em nenhum deles nosso produtor esteve presente.
Quando não pediam drogas, as garotas de programas pediam valores entre R$ 10 e
R$ 50 e davam evidencias de que o dinheiro seria para manter o vício,
especialmente em crack e cocaína. Ainda por telefone, algumas delas disseram
que se tivesse “bebidas e drogas” o programa sairia ainda mais barato.
Em
outra ocasião, uma prostituta disse: “se você for gatinho e me der uma porção
de cocaína ou umas duas pedras de crack, nem te cobro pelo sexo. A transa sai de
graça”. Outra ofereceu: “ por dois pinos de cocaína e 4 pedras de crack, levo
uma amiga e gente faz a festa”. Novo Gama tem 92,788 mil habitantes (Censo
IBGE/2010) e é uma das cidades com maior índice de criminalidade na região do
Entorno.
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